Avaliação da assistência a diabéticos e ou hipertensos em uma unidade de Atenção Primária à Saúde

Autores

  • Claudio Oliveira Souto
  • Claudia Delfim Silbermann
  • Gerson Luiz Aita
  • Luis Antônio Benvegnú

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc4(16)232

Palavras-chave:

Doença Crônica - prevenção e controle, Atenção Primária à Saúde, Estudos Transversais, Diabetes Mellitus, Hipertensão

Resumo

Este trabalho tem como objetivo geral realizar uma avaliação da assistência a hipertensos e/ou diabéticos em uma unidade de saúde de Atenção Primária à Saúde, levando-se em conta a importância das doenças crônicas não transmissíveis, sendo as doenças cardiovasculares como a primeira causa da mortalidade no Brasil - a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes melittus são os principais fatores de risco populacionais, potencialmente controláveis. Realizou-se estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa em uma população de 462 pacientes hipertensos e diabéticos, cadastrados na unidade de saúde da Planalto, Santa Rosa (RS), as informações coletadas se referem ao período de setembro de 2006 a setembro de 2007. Observamos que, de modo geral, a estrutura para atendimento, conforme recomenda o Ministério da Saúde, é adequada. Encontramos, na unidade de saúde, 431 hipertensos cadastrados, correspondendo a uma taxa de cobertura de 59,6% e 83 diabéticos, correspondendo a uma taxa de cobertura de 64,8%. A maior concentração dos cadastrados está entre a faixa de idade de 50 a 69 anos (56,9%). Constatamos que 87,4% dos cadastrados apresentava uma consulta ou mais com o Médico de Família e Comunidade (MFC), 75,5% compareceram em dia a data de retorno de consulta, 52,2% de adesão ao tratamento, 16,7% eram tabagistas, 39,6% sedentários e 49,8%, obesos. O aumento do ventrículo esquerdo foi a complicação de maior frequência. Metformina, hidroclorotiazida e captopril não estão sendo oferecidos aos cadastrados de forma regular. A glibenclamida está sobrando no estoque. A estratificação de alto risco cardiovascular encontrada neste estudo corresponde a 23,1% por meio da estratégia britânica e 37,3% na americana, trazendo à tona a discussão do custo-benefício no tratamento com o uso das estatinas. Os pacientes em alto risco cardiovascular que se encontram com o colesterol LDL abaixo de 100mg/dI correspondem a 16,3% pela escola britânica e 12,3% pela americana, índices muito abaixo quando comparados aos estudos americanos. Constatamos que as taxas de colesterol estão elevadas e a obesidade é muito prevalente, necessitando avaliar como está se dando intervenção multiprofissional e a adesão e disponibilidade das estatinas. Destacamos, por fim, a importância da atualização constante dos cadastros nas consultas, o qual facilitou a coleta de dados.

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Biografia do Autor

Claudio Oliveira Souto

Médico Residente em Medicina de Família e Comunidade R2, UNIJUÍ.

Claudia Delfim Silbermann

Médica de Família e Comunidade — Preceptora da Residência, Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa.

Gerson Luiz Aita

Médico Comunitário, Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa.

Luis Antônio Benvegnú

Doutor em Epidemiologia„ coordenador da residência, UNIJUÍ.

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Publicado

2009-11-17

Como Citar

1.
Souto CO, Silbermann CD, Aita GL, Benvegnú LA. Avaliação da assistência a diabéticos e ou hipertensos em uma unidade de Atenção Primária à Saúde. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 17º de novembro de 2009 [citado 28º de março de 2024];4(16):260-9. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/232

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit