Atendimento equânime à demanda espontânea odontológica através da caracterização e implantação da classificação de risco por cores, régua da dor e gestão longitudinal da clínica na Unidade Básica de Saúde Jardim das Palmas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc16(43)2756

Palavras-chave:

Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde, acesso aos serviços de saúde, Assistência Integral à Saúde, Índice de Vulnerabilidade Social.

Resumo

Problema: O significado de demanda espontânea é a busca dos pacientes por atendimento por sua autopercepção ou por alguma intercorrência clínica. Por muitas vezes, essa porta de entrada é utilizada de maneira recorrente pelos mesmos pacientes, sobrecarregando o serviço sem que eles tenham suas necessidades resolvidas. Métodos: O objetivo deste trabalho transversal e descritivo foi reorganizar de forma equânime o atendimento à demanda espontânea odontológica através da elaboração de instrumento para caracterizar o perfil dos pacientes da Unidade Básica de Saúde Jardim das Palmas, uso da classificação de risco por cores (CAB 28), escala de dor e prioridade clínica odontológica e garantir a continuidade do cuidado destes na atenção básica. Resultados: Tivemos a priorização das urgências, criação de planilha com dados dos 3.640 pacientes que compareceram de abril de 2016 à fevereiro de 2018 à demanda espontânea, além das classificações de risco de cárie, periodontal, tecido mole, oclusão e escala de coelho familiar, para intervenção na vulnerabilidade social destes pela discussão de casos e projetos terapêuticos singulares com equipe multidisciplinar. Através dessas classificações, as agendas dos cirurgiões dentistas foram readequadas para que fosse possível o atendimento das urgências de fato com o aumento dos horários para as vagas de urgência, foi dado acesso ao tratamento odontológico aos pacientes com alta vulnerabilidade social e risco odontológico, e acesso aos grupos de prevenção para os pacientes de baixo risco odontológico. Conclusão: A gestão da demanda espontânea odontológica foi de grande valia para a organização do serviço e maior acesso de forma mais equânime e cuidado longitudinal dos pacientes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

(1) Ministério da Saúde (BR). Política nacional de atenção às urgências. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006.

(2) Moyses SJ. O conceito de promoção da saúde na construção de sistemas de atenção em saúde bucal coletiva. In: Krieger L, org. Promoção de saúde bucal. 3ª ed. São Paulo: Artes Médicas; 1997.

(3) Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD). Relatório de desenvolvimento humano. Brasília (DF): PNUD; 2010.

(4) Rojas GCS, Vazquez FL, Bulgareli JV, Meneguim MC, Pereira AC. Indicadores de saúde bucal como instrumento na organização da demanda. Rev Gaúch Odontol. 2015 Set;63(3):283-90.

(5) Barbosa GS. Classificação de risco como instrumento para organização ao processo de trabalho e viabilização da equidade no acesso aos serviços odontológicos [dissertação]. Belo Horizonte (MG): Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Faculdade de Medicina; 2010.

(6) Oliveira AGRC, Unfer B, Costa ICC, Guimaráes LOC, Saliba NA. Levantamentos epidemiológicos em saúde bucal: análise da metodologia proposta pela Organização Mundial da Saúde. Rev Bras Epidemiol. 1998;1(2):1-13.

(7) Peres Neto J, Mendes KLC, Wada RS, Sousa MLR. Relação entre classificações de risco utilizadas para organização da demanda em saúde bucal em município de pequeno porte de São Paulo, Brasil. Ciênc Saúde Colet. 2017 Jun;22(6):1905-12. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232017226.00702016

(8) Governo Federal do Brasil (BR). E-SUS Território. Google Play [Internet]. 2020. Disponível em: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.saude.acs&hl=pt_BR

(9) Yin RK. Case study research: design and methods. 3rd ed. Thousand Oaks: SAGE Publications; 2003.

(10) Coelho FLG, Savassi LCM. Aplicação da escala de risco familiar como instrumento de priorização das visitas domiciliares. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2004;1(2):19-26. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc1(2)104

(11) Ministério da Saúde (BR). Cadernos de Atenção Básica n. 28. Acolhimento à demanda espontânea. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2013.

(12) Ministério da Saúde (BR). Conselho Nacional de Saúde (CNS). De 24 de maio de 2016. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 24 Mai 2016; Seção 1:44.

Downloads

Publicado

2021-11-10

Como Citar

1.
Sanchez TP, Borchardt D, Tribis L. Atendimento equânime à demanda espontânea odontológica através da caracterização e implantação da classificação de risco por cores, régua da dor e gestão longitudinal da clínica na Unidade Básica de Saúde Jardim das Palmas. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 10º de novembro de 2021 [citado 16º de abril de 2024];16(43):2756. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2756

Edição

Seção

Relatos de Experiência

Plaudit