Sintomas respiratórios em pacientes atendidos em uma unidade básica de saúde de Goiânia-GO

Autores

  • José Laerte Rodrigues Silva Júnior Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO
  • Thiago Fintelman Padilha Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO
  • Jordana Eduardo Rezende Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO
  • Eliane Consuelo Alves Rabelo Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO
  • Anna Carolina Galvão Ferreira Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO
  • Marcelo Fouad Rabahi Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc9(32)825

Palavras-chave:

Sinais e Sintomas Respiratórios, Transtornos Respiratórios, Centros de Saúde, Fatores de Risco

Resumo

Objetivo: verificar a prevalência de sintomas respiratórios em indivíduos que procuram uma unidade básica de saúde, descrevendo as distribuições desses sintomas e dos fatores de risco relacionados com doenças respiratórias. Métodos: estudo transversal em uma unidade básica de saúde de Goiânia-GO. Durante um ano, 44 observações, escolhidas de forma aleatória, foram realizadas, onze em cada estação do ano. Para análise dos dados, foram utilizados teste do qui-quadrado, ANOVA, correlação e regressão robusta univariada. Resultados: dentre os 3.354 indivíduos avaliados, 13,7% (458/3.354) possuíam sintomas respiratórios. A tosse foi o sintoma respiratório mais prevalente, ocorrendo em 91% (417/458) dos casos. Em relação aos que procuraram a unidade de saúde, 4,8% (161/3354) apresentavam tosse por duas semanas ou mais. A proporção dos diferentes sintomas respiratórios (tosse, dispneia e chiado) foi semelhante entre as estações, e as prevalências de sintomas respiratórios encontradas nas quatros estações (inverno, outono, verão e primavera) foram, respectivamente, 20%, 14%, 11,9% e 7,4%. A média do tempo de tosse para idosos foi estatisticamente maior que nos demais grupos (p=0,004). Os tabagistas, ex-tabagistas, portadores de baixo peso, pessoas que referiam pneumonia prévia, asma ou DPOC apresentaram médias de tempo de tosse maiores, mas essas diferenças não foram estatisticamente significativas. O modelo de regressão mostrou aumento do tempo de tosse com aumento da idade (r2=0,08; p=0,0001). Conclusão: as doenças respiratórias perfazem uma importante parcela dos atendimentos da unidade básica de saúde. A prevalência de sintomas respiratórios é maior no inverno e o tempo médio de tosse aumenta com a idade.

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Biografia do Autor

José Laerte Rodrigues Silva Júnior, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO

Programa de pós - graduação  em Ciências da Saúde

 

Thiago Fintelman Padilha, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO

Faculdade de Medicina -UFG

Jordana Eduardo Rezende, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO

Faculdade de Medicina -UFG

Eliane Consuelo Alves Rabelo, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO

Faculdade de Medicina -UFG

Anna Carolina Galvão Ferreira, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO

Faculdade de Medicina -UFG

Marcelo Fouad Rabahi, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, GO

Faculdade de Medicina -UFG

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Publicado

2014-07-25

Como Citar

1.
Silva Júnior JLR, Padilha TF, Rezende JE, Rabelo ECA, Ferreira ACG, Rabahi MF. Sintomas respiratórios em pacientes atendidos em uma unidade básica de saúde de Goiânia-GO. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 25º de julho de 2014 [citado 29º de março de 2024];9(32):264-72. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/825

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit