Abordagem de usuários de crack na Atenção Primária à Saúde: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc10(36)911Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Cocaína Crack, RevisãoResumo
Objetivo: identificar abordagens efetivas para o manejo de adultos usuários de crack no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: revisão sistemática realizada nas principais bases de dados eletrônicos e estudos adicionais, que incluiu os estudos sobre “crack” ou “crack/cocaína” no contexto da pesquisa, publicados nos últimos dez anos. A avaliação de evidências foi realizada por dois pesquisadores independentes, por meio de instrumentos distintos, um para estudos observacionais, outro para os de intervenção. Resultados: foram incluídos na análise de evidências 16 estudos identificados a partir de 2017 referências. O tipo de delineamentos nas investigações incluiu estudos observacionais (6) e estudos de intervenção (10). Dois artigos observacionais apresentaram boa qualidade de evidência, e a melhor evidência encontrada entre os artigos de intervenção foi de nível moderado (um artigo). Conclusão: a revisão sistemática não obteve artigos que apresentassem evidências de alta qualidade para serem orientadas ao contexto da APS, pois nenhum estudo avaliando as atribuições da APS ou especificando o manejo dos profissionais neste nível foi encontrado. Permanecem as evidências geradas no período anterior ao estipulado pela revisão.
Downloads
Métricas
Referências
Kessler F, Pechansky F. Uma visão psiquiátrica sobre o fenômeno do crack na atualidade. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul. 2008;30(2):96-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81082008000300003
Conselho Federal de Medicina. Diretrizes gerais médicas para assistência integral ao crack [Internet]. Brasília: CFM; 2011 [acesso 2013 Mar 29]. Disponível em: http://www.sbp.com.br/pdfs/diretrizes-medicas-integral-crack-cfm.pdf
Cavalcante T, Fundação Oswaldo Cruz. Maior pesquisa sobre crack já feita no mundo mostra o perfil do consumo no Brasil [Internet]. 2013 [acesso 2013 Dec 5]. Disponível em: http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/maior-pesquisa-sobre-crack-j%C3%A1-feita-no-mundo-mostra-o-perfil-do-consumo-no-brasil
Brasil. Assessoria de Comunicação do Ministério da Justiça (BR). Governo vai investir R$ 4 bilhões em ações para enfrentar o crack (07/12/2011) [Internet]. 2011 [cited 2013 mai 12]. Available from: http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/web/noticia/ler_noticia.php?id_noticia=105460
Associação Brasileira de Psiquiatria. Abuso e dependência: crack. Rev Assoc Med Bras. 2012;58(2):141-53. PMID: 22569607. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302012000200008
University of Oxford. P I C O: Formulate an answerable question [Internet]. 2013 [cited 2013 jul 20]. Available from: http://learntech.physiol.ox.ac.uk/cochrane_tutorial/cochlibd0e84.php.
Weightman AL, K. MM, Sander L, Turley RL. Appendix 8: Questions to assist with the critical appraisal of an observational study eg cohort, case-control, crossectional. 2004 [cited 9 jul 2013]. In: Project methodology 5 [Internet]. Cardiff: Information Services UWCM, [cited 9 jul 2013]. Available from: http://hebw.cf.ac.uk/projectmethod/Project%20Methodology%205.pdf
Guyatt G, Hayward R, Richardson WS, Green L, Wilson M, Sinclair J, et al. Moving from evidence to action. 2002 [cited 10 ago 2013]. In: Users’ guides to the medical literature: a manual for evidence-based clinical practice [Internet]. New York: McGraw Hill, [cited 10 ago 2013]. Available from: http://medicine.ucsf.edu/education/resed/articles/jama1_moving.pdf.
Araujo RB, Balbinot AD, Castro MGT, Rocha MR, Miguel SRPS, Cohen M, et al. Tratamento de exposição a estímulos e treinamento de habilidades como coadjuvantes no manejo do craving em um dependente de crack. Trends Psychiatry Psychoter. 2011;33(3):181-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S2237-60892011000300008
Araujo RB, Castro MGT, Pedroso RS, Santos PL, Leite L, Rocha MR, et al. Validação psicométrica do Cocaine Craving Questionnaire-Brief - Versão Brasileira Adaptada para o Crack para dependentes hospitalizados. J Bras Psiquiatr. 2011;60(4):233-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852011000400001
Bastos FI. Crack no Brasil: uma emergência de saúde. Cad Saúde Pública. 2012;28(6):1016-7. PMID: 22666806. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000600001
Bernardo WM, Marques ACPR. Atualização em abuso e dependência: crack. Rev Assoc Med Bras. 2012;58(3):287. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302012000300006
Brown EJ, Hill MA, Giroux SA. “A 28-day program ain’t helping the crack smoker”--perceptions of effective drug abuse prevention interventions by north central Florida African Americans who use cocaine. J Rural Health. 2004;20(3):286-95. PMID:15298105. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/j.1748-0361.2004.tb00041.x
Chaves TV, Sanchez ZM, Ribeiro LA, Nappo SA. Fissura por crack: comportamentos e estratégias de controle de usuários e ex-usuários. Rev Saúde Pública. 2011;45(6):1168-75. PMID:21894428. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102011005000066
D’Alberto A. Auricular acupuncture in the treatment of cocaine/crack abuse: a review of the efficacy, the use of the National Acupuncture Detoxification Association protocol, and the selection of sham points. J Altern Complement Med. 2004;10(6):985-1000. PMID:15673993. DOI: http://dx.doi.org/10.1089/acm.2004.10.985
Domanico A, Malta M. Implementation of harm reduction toward crack users in Brazil: barriers and achievements. Subst Use Misuse. 2012;47(5):535-46. PMID:22428821. DOI: http://dx.doi.org/10.3109/10826084.2012.644170
Ford C. Guidance for working with cocaine and crack users in primary care [Internet]. London: Royal College of General Practitioners; 2004 [cited 29 mar 2013]. Available from: http://www.drugsandalcohol.ie/13634/
Kolling NM, Petry M, Melo WV. Outras abordagens no tratamento da dependência do crack. Rev Bras Ter Cogn. 2011;7(1):7-14.
Oliveira EN, Lira TQ, Ferreira AGN, Araujo JVB, Nogueira NF, Marinho MP, et al. Aspectos relacionados ao tratamento de usuários de crack e álcool em um serviço de saúde mental. Rev Tendên da Enferm Profis. 2012;4(2):687-91.
Ribeiro M, Laranjeira R. O tratamento do usuário do crack. São Paulo: Casa Leitura Médica; 2012.
Rodrigues DS, Backes DS, Freitas HMB, Zamberlan C, Gelhen MH, Colomé JS. Conhecimentos produzidos acerca do crack: uma incursão nas dissertações e teses brasileiras. Cienc Saúde Coletiva. 2012;17(5):1247-58. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000500018
Vorspan F, Bellais L, Keijzer L, Lépine JP. An open-label study of aripiprazole in nonschizophrenic crack-dependent patients. J Clin Psychopharmacol. 2008;28(5):570-2. PMID:18794657. DOI: http://dx.doi.org/10.1097/JCP.0b013e3181858311
Araujo RB, Pansard M, Boeira BU, Rocha NS. As estratégias de coping para o manejo da fissura de dependentes de crack. Rev HCPA. 2010;30(1):36-42.
Campbell J, Nickel EJ, Penick EC, Wallace D, Gabrielli WF, Rowe C, et al. Comparison of desipramine or carbamazepine to placebo for crack cocaine-dependent patients. Am J Addict. 2003;12(2):122-36. PMID:12746087. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/j.1521-0391.2003.tb00610.x
Corsi KF, Rinehart DJ, Kwiatkowski CF, Booth RE. Case management outcomes for women who use crack. J Evid Based Soc Work. 2010;7(1):30-40. PMID:20178023. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/15433710903175858
Dias AC, Araújo MR, Laranjeira R. Evolução do consumo de crack em coorte com histórico de tratamento. Rev Saúde Pública. 2011;45(5):938-48. PMID:21808833. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102011005000049
Harocopos A, Dennis D, Turnbull PJ, Parsons J, Hough M. On the rocks: a follow-up study of crack users in London [Internet]. London: Criminal Policy Research Unit; 2003 [cited 16 jun 2013]. Available from: http://www.drugsandalcohol.ie/5446/1/1716-1637.pdf
Hart CL, Haney M, Vosburg SK, Rubin E, Foltin RW. Gabapentin does not reduce smoked cocaine self-administration: employment of a novel self-administration procedure. Behav Pharmacol. 2007;18(1):71-5. PMID:17218799. DOI:http://dx.doi.org/10.1097/FBP.0b013e328014139d
Henskens R, Garretsen H, Bongers I, Van Dijk A, Sturmans F. Effectiveness of an outreach treatment program for inner city crack abusers: compliance, outcome, and client satisfaction. Subst Use Misuse. 2008;43(10):1464-75. PMID:18615321. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/10826080500391613
Ingersoll KS, Farrell-Carnahan L, Cohen-Filipic J, Heckman CJ, Ceperich SD, Hettema J, et al. A pilot randomized clinical trial of two medication adherence and drug use interventions for HIV + crack cocaine users. Drug Alcohol Depend. 2011;116(1-3):177-87. PMID: 21306837 DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.drugalcdep.2010.12.016
Marsden J, Eastwood B, Bradbury C, Dale-Perera A, Farrell M, Hammond P, et al. Effectiveness of community treatments for heroin and crack cocaine addiction in England: a prospective, in-treatment cohort study. Lancet. 2009;374(9697):1262-70. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(09)61420-3
Okpaku S, Macmaster SA, Dennie S, Tolliver D, Cooper RL, Rasch RF. Preliminary outcomes of a model program for increasing treatment access for African American women who use crack cocaine and are at risk for contracting HIV. J Evid Based Soc Work. 2010;7(1):41-57. PMID: 20178024. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/15433710903175874
Sterk CE, Theall KP, Elifson KW. Effectiveness of a risk reduction intervention among African American women who use crack cocaine. AIDS Educ Prev. 2003;15(1):15-32. PMID:12627741. DOI: http://dx.doi.org/10.1521/aeap.15.1.15.23843
Wechsberg WM, Zule WA, Riehman KS, Luseno WK, Lam WK. African-American crack abusers and drug treatment initiation: barriers and effects of a pretreatment intervention. Subst Abuse Treat Prev Policy. 2007;2:10. PMID:17394653 PMCid:PMC1847815. DOI: http://dx.doi.org/10.1186/1747-597X-2-10
Zeni TC, Araujo RB. O relaxamento respiratório no manejo do craving e dos sintomas de ansiedade em dependentes de crack. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul. 2009;31(2):116-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81082009000200006
Zule WA, Lam WK, Wechsberg WM. Treatment readiness among out-of-treatment African-American crack users. J Psychoactive Drugs. 2003;35(4):503-10. PMID:14986880. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/02791072.2003.10400498
Alves GSL, Araujo RB. A utilização dos jogos cooperativos no tratamento de dependentes de crack internados em uma unidade de desintoxicação. Rev Bras Med Esporte. 2012;18(2):77-80. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922012000200002
Bisch NK, Benchaya MC, Signor L, Moleda HMR, Ferigolo M, Andrade TMR, et al. Aconselhamento telefônico para jovens usuários de crack. Rev Gaúcha Enferm. 2011;32(1):31-9. PMID: 21888200. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472011000100004
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes metodológicas: elaboração de pareceres técnico-científicos. 3a ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.
Greater London Authority. The GLADA crack cocaine strategy 2005-08. London: Greater London Authority; 2004.
National Treatment Agency for Substance Misuse. Models of care for treatment of adult drug misusers: Update 2006 [Internet]. London: NHS; 2006 [cited 10 ago 2013]. Available from: http://www.nta.nhs.uk/uploads/nta_modelsofcare_update_2006_moc3.pdf.
Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO; 2002.
Connolly J, Foran S, Donovan AM, Carew AM, Long J. Crack cocaine in the Dublin region: an evidence base for a Dublin crack cocaine strategy [Internet]. Dublin: Health Research Board; 2008 [cited 29 jul 2013]. Available from: http://www.hrb.ie/uploads/tx_hrbpublications/HRB_Research_Series_6.pdf
U.S. Department of Health and Human Services, National Institutes of Health, National Institute on Drug Abuse. Principles of drug addiction treatment: a research-based guide [Internet]. Washington: NIH; 1999 [cited 13 mar 2013]. Available from: http://www.drugabuse.gov/sites/default/files/podat_1.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeterem um manuscrito à RBMFC, os autores mantêm a titularidade dos direitos autorais sobre o artigo, e autorizam a RBMFC a publicar esse manuscrito sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 e identificar-se como veículo de sua publicação original.