@article{Modesto_Couto_2016, place={Rio de Janeiro}, title={Como se estuda o que não se diz: uma revisão sobre demanda oculta}, volume={11}, url={https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1250}, DOI={10.5712/rbmfc11(38)1250}, abstractNote={<p class="Abstract">Objetivos: Pessoas com demandas aparentemente bem delimitadas podem, muitas vezes, ter queixas ou preocupações ocultas ou tardiamente apresentadas, chamadas em inglês de <em>hidden agenda</em>, <em>by the way syndrome</em> ou <em>doorknob syndrome</em> (“síndrome da maçaneta”). Poucos trabalhos abordam o fenômeno em contexto clínico discutindo seus aspectos ou consequências sobre o cuidado do ponto de vista sociocultural. Uma pesquisa qualitativa sobre saúde dos homens realizada pelos autores exigiu estudar a produção científica relacionada à <em>hidden agenda</em> de forma descritiva e interpretativa. Métodos: Esta revisão, do tipo <em>estado da questão</em>, abarcou artigos que tratassem da <em>hidden agenda</em> (ou expressões similares) no contexto clínico geral ou especializado, médico ou multiprofissional, em português, inglês ou espanhol, no período de 2000 a 2014. Partindo de 210 resultados iniciais em 3 bases de dados internacionais, foram selecionadas 39 publicações, que foram avaliadas quanto a características objetivas e subjetivas. Resultados: Identificando os temas predominantes nas pesquisas, notamos que <em>hidden agenda</em> é a expressão mais específica, sendo <em>demanda oculta</em> sua melhor tradução. Quase todos os estudos relacionavam a atenção a demandas ocultas a melhores desfechos ou desdobramentos do atendimento, embora nenhum avaliasse essas consequências de forma aprofundada. Conclusão: A revisão deixa claro que a <em>demanda oculta</em> é um elemento problematizador para pensar a prática médica e potencializador para a clínica, especialmente ao buscar-se um cuidado integral e um diálogo efetivo entre profissional e usuário(a). São necessários estudos que articulem o fenômeno a aspectos socioculturais ou tecnoassistenciais e que contemplem alguma discussão sobre construção da demanda, ausente nos artigos revisados.</p>}, number={38}, journal={Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade}, author={Modesto, Antônio Augusto Dall’Agnol and Couto, Marcia Thereza}, year={2016}, month={ago.}, pages={1–13} }