“A gente sente que precisa e pode...”: os desafios para a inclusão da saúde mental na Atenção Básica
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc10(36)1033Palavras-chave:
Saúde Mental, Estratégia Saúde da Família, Atenção Primária à SaúdeResumo
A política de saúde mental brasileira enfatiza a necessidade de inclusão do cuidado da saúde mental desde o nível primário de atenção à saúde, em uma rede diversificada de cuidado coordenado e humanizado. Objetivos: compreender como os trabalhadores das equipes de saúde da família dimensionam e organizam suas práticas de cuidado ao doente mental. Métodos: estudo qualitativo em que foi utilizado grupo focal como método de coleta e o Construcionismo Social como referencial teórico para análise. Resultados: embora reconheçam a dificuldade de mudar o foco de cuidado da doença para a pessoa, os profissionais percebem a necessidade de mudança e as potencialidades da ESF ressaltando que “há algo mais que se pode fazer”. Conclusão: as potencialidades da ESF podem ser ativadas com investimentos nas interações interpessoais e na construção de novos saberes, e os processos de mudança devem ser disparados por toda a equipe além do NASF e das equipes de saúde mental.
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