Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA): esta tecnologia deve ser incorporada na Atenção Primária à Saúde?

Autores

  • Vivian Severino Duarte Departamento de Medicina Social – Faculdade de Medicina/Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Mário Roberto Garcia Tavares
  • Cristina Rolim Neumann niversidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)154

Resumo

Introdução: embora a medida da pressão arterial (MPA) casual em consultório seja o procedimento padrão para o diagnóstico e seguimento de hipertensão arterial sistêmica (HAS), ela é sujeita a erros. Para reduzir estes erros utiliza-se a MAPA que tem, entre outras vantagens, um maior poder em prognosticar desfechos cardiovasculares maiores e atenua o efeito do avental branco. Entretanto, o seu uso na atenção primária ainda não está bem estabelecido. Objetivo: qualificar a rotina do atendimento da HAS na UBS HCPA/Santa Cecília, avaliando a necessidade de incorporar a MAPA na rotina de atendimento, identificar a prevalência de HAS não controlada no ambulatório, comparar as informações obtidas pelo MAPA e pela MPA nos pacientes hipertensos e não controlados. Materiais e Métodos: em um estudo transversal serão selecionados para a realização de MAPA aqueles pacientes com diagnóstico de HAS que apresentem medidas de TA não-controladas (TA ? 140/90 mmHg) Etapa 1: Aprimoramento do método de colocação do aparelho de MAPA e leitura dos resultados, através de busca bibliográfica, treinamento junto ao Serviço de Cardiologia do HCPA e exame de pacientes hipertensos atendidos no ambulatório da UBS. Etapa 2: Serão registrados, entre outros, os seguintes dados dos pacientes hipertensos atendidos na UBS: MPA (2 medidas com intervalo de 5 minutos, com o paciente sentado), presença de co-morbidades e conduta do médico frente aos resultados.  Por este registro serão selecionados os primeiros 10 pacientes que apresentam MPA elevada a cada mês até atingir um total de 78 pacientes.  Os pacientes com médias pressórica ? 135 mmHg na MAPA serão considerados bem controlados. Todos os pacientes selecionados para a MAPA também farão pelo menos 3 MPA pela enfermagem na mesma semana em que realizam MAPA e se a média pressórica for ?140/90 serão considerados bem controlados. Os resultados serão apresentados de forma descritiva, calculados os intervalos de confiança para 95% para as variáveis de interesse. Para as comparações utilizaremos Teste T, de Mann Whitney, e Qui-quadrado, conforme a variável. O nível de significância considerado será de 5%. Resultados: foi realizado o treinamento e a colocação da MAPA em 2 pacientes hipertensas não controladas conforme as medidas de consultório, e em ambas a MAPA mostrou medidas pressóricas normais. Conclusões: espera-se com este estudo criar uma rotina para a utilização da MAPA em nosso serviço, identificando o custo e efetividade deste procedimento na APS.

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Biografia do Autor

Vivian Severino Duarte, Departamento de Medicina Social – Faculdade de Medicina/Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

Mário Roberto Garcia Tavares

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1989). Atualmente é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e médico e preceptor da Residência Médica do Hospital Nossa Senhora da Conceição S/A. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Medicina de Família e Comunidade, atuando principalmente nos seguintes temas: atenção primária à saúde, programa de sáude da família, educação médica, equipe de saúde e medicina de família e comunidade.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

Cristina Rolim Neumann, niversidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Possui graduação em Medicina Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1983), mestrado (1992) e doutorado (1999) em Clínica Médica ambos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999). Atuou em terapia intensiva e endocrinologia e atualmente é professora adjunta do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na área da Atenção Primária. Tem publicações na área de complicações crônicas de diabete, manejo intensivo da glicemia no trauma de crânio e traumatismo raquimedular. Na atenção primária dedica-se ao estudo de grupos em educação para o diabete e para o tratamento da obesidade, e controle da hipertensão.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2011-04-20

Como Citar

1.
Duarte VS, Tavares MRG, Neumann CR. Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA): esta tecnologia deve ser incorporada na Atenção Primária à Saúde?. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 20º de abril de 2011 [citado 29º de março de 2024];6(18):77. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/154

Edição

Seção

Resumos apresentados em Congressos

Plaudit