Seguimento psicológico para agressores domésticos de crianças: protocolo de atendimento psicoterápico breve
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc6(21)311Palavras-chave:
Violência doméstica, Infância, Psicoterapia, Maus-Tratos Infantis, Pré-EscolarResumo
Pessoas que sofreram violência doméstica na primeira infância carregam sequelas emocionais, que se perpetuam em diferentes níveis. Isso representa um alto risco de repetição, quer no âmbito familiar, quer servindo de mola propulsora para a violência social, perpetuando-se um ciclo de violência que constitui uma epidemia no Brasil. Em especial porque na primeira infância ocorre a construção da autoestima e da visão de mundo, a partir das sensações experimentadas e das relações vivenciadas. Propor e reforçar a importância de um tratamento psicoterápico para o agressor doméstico de crianças trata-se de uma ação pioneira no Brasil, e constitui o objetivo do presente trabalho. Foram acompanhados 98 agressores em núcleo específico para esse fim. O recrutamento se deu por demanda espontânea e contou com uma rede social de apoio para divulgação na comunidade. O estudo revelou que tratar o agressor é uma alternativa viável e muito eficiente no que tange a proteger a própria vítima. Por meio dessa intervenção, objetiva-se contribuir para tentar interromper de forma eficaz o ciclo de repetição de violência que muitas famílias carregam.
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