Tendência de classificação no Capítulo Z da CIAP-2 entre 2006 e 2011 em um centro de saúde de Medicina Familiar em Coimbra, Portugal

Autores

  • Luiz Miguel Santiago Unidade de Saúde Familiar Topázio, Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego, Portugal. Universidade da Beira Interior, Portugal
  • Paula Ricardo Miranda Unidade de Saúde Familiar Topázio, Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego, Portugal.
  • Phililppe Botas Unidade de Saúde Familiar Topázio, Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc8(27)639

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Medicina de Família e Comunidade, Classificação, Cuidado Periódico, Iniquidade Social, Classificação Internacional de Doenças, CIAP, Classificação Internacional de Atenção Primária

Resumo

Objetivo: Estudar a tendência evolutiva da classificação com a CIAP-2 no Capítulo Z, no período de 2006 a 2011 quanto a: variação de frequência do número total de componentes de sinais e sintomas; volume de “classificação ajustada à população” e, através da coleta de informação SOAP, quais dos seus componentes foram mais frequentemente registrados nos campos Subjetivo (S) e Avaliação (A). Métodos: Estudo transversal, observacional e descritivo dos registros eletrônicos efetuados por todos os médicos na plataforma Serviço de Apoio ao Médico (SAM) utilizando a ferramenta de coleta de dados (SAM-Estatísticas) em agosto de 2012 em um centro de saúde em Coimbra, região central de Portugal. O volume de codificação foi estudado em código/1.000 hab./dia, tendo como base de cálculo a metade de cada ano estudado. Foram selecionados os seis códigos mais frequentes de cada ano. Resultados: Verificou-se uma dinâmica de crescimento positivo nos componentes registrados nos campos Subjetivo e Avaliação entre 2006 e 2011, tanto no número total de códigos (S:+4,83 e A:+6,44) e volume de codificação – código/1.000 hab./dia (S:+4,40 e A:+6,44) como na percentagem de diferentes componentes de sinais e sintomas do Capítulo Z (S:+0,30; A:+0,56). Conclusão: Entre 2006 e 2011 verificou-se uma dinâmica de crescimento positivo na classificação no Capítulo Z da CIAP-2 que foi mais importante no campo Avaliação e nos tipos de componente. O desenvolvimento profissional e a educação médica continuada são necessários para melhorar o desempenho na tarefa de classificar e registrar adequadamente, bem como no criterioso registro das anotações clínicas feitas na consulta, evitando perda de informação clínica.

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Biografia do Autor

Luiz Miguel Santiago, Unidade de Saúde Familiar Topázio, Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego, Portugal. Universidade da Beira Interior, Portugal

Médico especialista em Medicina Geral e Familiar, Assistente Graduado Sénior na sua Carreira Médica e com Mestrado e Doutoramento pela universidade de Coimbra

Paula Ricardo Miranda, Unidade de Saúde Familiar Topázio, Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego, Portugal.

Médica, Residente de Medicina Geral e Familiar, aluno de Mestrado em Ciências da Nutrição na Universidade de Coimbra, Portugal

Phililppe Botas, Unidade de Saúde Familiar Topázio, Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego, Portugal.

Médico, Residente de Medicina Geral e familiar

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Publicado

2013-04-19

Como Citar

1.
Santiago LM, Miranda PR, Botas P. Tendência de classificação no Capítulo Z da CIAP-2 entre 2006 e 2011 em um centro de saúde de Medicina Familiar em Coimbra, Portugal. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 19º de abril de 2013 [citado 29º de março de 2024];8(27):106-11. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/639

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit