Efeito do vínculo com um médico de família no controle da pressão arterial em hipertensos

Autores

  • Andre Klafke
  • Laura Afanador Pineros Vaghetti Grupo Hospitalar Conceição
  • Andre Dias Costa

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc12(39)1444

Palavras-chave:

Hipertensão/prevenção & controle. Relações Médico-Paciente. Adesão à Medicação.

Resumo

Objetivo: Avaliar a associação entre vínculo com um médico de família e controle da pressão arterial em hipertensos de duas unidades de saúde de Porto Alegre, RS. Métodos: Estudo transversal com uma amostra aleatória de 128 hipertensos de 18 anos ou mais de duas unidades de saúde, nos quais foi aplicado um questionário para avaliar suas características e a presença ou não de vínculo com um médico de família, e aferidos pressão arterial, peso e altura, entre março e setembro de 2016. Foi realizada regressão de Poisson para controle de possíveis fatores de confusão entre vínculo e controle da pressão. Resultados: A população estudada era acompanhada pelas unidades em média há 15 anos, era predominantemente idosa, do sexo feminino, branca, com sobrepeso, não tabagista, sedentária, aderente ao tratamento, 68,0% possuíam vínculo com um médico e 61,7% estavam com a pressão controlada. A presença de vínculo com um médico foi associada a um controle da pressão arterial 48% maior, controlado para possíveis fatores de confusão. Conclusão: O vínculo com um médico é uma ferramenta de baixo custo que permite melhorar o controle pressórico em pacientes hipertensos – controle este importante para a redução das complicações cardiovasculares.

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Publicado

2017-11-27

Como Citar

1.
Klafke A, Afanador Pineros Vaghetti L, Dias Costa A. Efeito do vínculo com um médico de família no controle da pressão arterial em hipertensos. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 27º de novembro de 2017 [citado 28º de março de 2024];12(39):1-7. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1444

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit