Medicina de Família e Comunidade, Atenção Primaria e Violência: Formação e ação em Iberoamerica

Autores

  • Maria Inez Padula Anderson
  • Xavier Astudillo Romero
  • Liliana Arias-Castillo
  • Cruz Bartolomé Moreno
  • Jhonathan Stick Guerrero Sinisterra
  • Thomas Meoño Martín
  • Marcela Cuadrado Segura
  • Humberto Jure
  • Sebastián Fuentes Hülse
  • Denize Ornelas Pereira Salvador de de Oliveira Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo. São Bernardo do Campo. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc13(1)1850

Palavras-chave:

Formação, Medicina de Família, Atenção Primária, Violência, Cultura da Paz

Resumo

Objetivo: Identificar a percepção de médicos de família e comunidade, bem como outros profissionais, em 20 países que compõem a Confederação Ibero-americana de Medicina de Família (CIMF), sobre as formas mais prevalentes de violência em seu país e nas comunidades que atendem. Além disso, identificar a percepção sobre suas próprias motivação e capacitação, além daquelas dos médicos de família de seus países para abordar a violência e contribuir para a cultura da paz. Métodos: Estudo corte-transversal, exploratório, de abordagem descritiva e quantitativa, realizado nos 20 países membros da CIMF entre os meses de setembro 2017 a março de 2018. A pesquisa foi projetada com base em uma revisão da literatura sobre o fenômeno de estudo. Um questionário foi elaborado e validado com diferentes profissionais de medicina de família considerados especialistas no assunto e posteriormente disseminado com o apoio das diferentes sociedades científicas de Medicina de Família que compõem os 20 países do CIMF, alcançando 242 respostas. Resultados: Mais de 92% dos profissionais consideram que não possuem treinamento suficiente para lidar com a violência em seu cotidiano de trabalho e apenas 24% consideram que receberam treinamento suficiente na Cultura de Paz. Por outro lado, a percepção da prevalência, na região, dos diferentes tipos de violência, do ponto de vista pessoal, familiar e comunitário é alarmante. Conclusões: É necessário integrar na formação de médicos de família e os profissionais de cuidados primários, bem como nos currículos de graduação de Medicina, conteúdos relacionados com a abordagem à violência e a contribuição para a cultura da paz para a superação da mesma. A lacuna de conhecimento sobre essas questões é visível pelos médicos de família e outros profissionais que trabalham na Atenção Primára. Por outro lado, é notável, o benefício potencial de ter esses profissionais atuando nesse grave e prevalente problema de saúde, especialmente considerando seu contato frequente e longitudinal com pessoas, famílias e comunidades vítimas de violência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Starfield B. State of the Art in Research on Equity in Health. J Health Polit Policy Law 2006; 31:11-32. http://dx.doi.org/10.1215/03616878-31-1-11 DOI: https://doi.org/10.1215/03616878-31-1-11

Comari C. Medida de concentración de Gini: observaciones sobre las fórmulas de cálculo y el Principio de Población de Dalton. Propuesta de un factor de corrección. Revista Latinoamericana de Metodología de las Ciencias Sociales. 2015; 5(2). Disponible en: http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/50604

Banco Mundial, Índice GINI. Grupo Banco Mundial 2017. Disponible en: https://datos.bancomundial.org/indicador/SI.POV.GINI?view=map (revisado 14-11-2017)

Kreimer R. Violencia social e inequidad: análisis y propuestas. Observatorio Social 2009; 23: 6-11.

Krug EG, Dahlberg LL, Mercy JS, et al, Edit. World report on violence and health. Geneva: World Health Organization. 2002. [consultado el 24 de Junio de 2018. Disponible en: http://iris.paho.org/xmlui/bitstream/handle/123456789/725/9275315884.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Medicina Familiar, Atención Primaria y Violencia

ONUDC, Oficina de las Naciones Unidas contra la Droga y el Delito, Estudio mundial sobre el Homicidio, 2013 - https://www.unodc.org/documents/gsh/pdfs/GLOBAL_HOMICIDE_Report_ExSum_spanish.pdf

Boff L. Paradigma planetario, 2004. [Consultado el 8 de marzo de 2018]. Disponible en: http://www.servicioskoinonia.org/boff/articulo.php?num=070

Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Por uma cultura da paz, a promoção da saúde e a prevenção da violência/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília:Ministério da Saúde, 2009 - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cultura_paz_saude_prevencao_violencia.pdf

Anandarajah G., Hight E. Spirituality and Medical Practice: Using the HOPE Questions as a Practical Tool for Spiritual Assessment. Am Fam Physician. 2001 Jan1; 63(1):81-89.

Gilligan C. La moral y la teoría. Psicología del desarrollo femenino, México, Fondo de Cultura Económica. 1985.

Flores-Dominguez, C. Feminización en medicina: liderazgo y academia. Educ. méd. v. 15, n. 4, p. 191-195, dic. 2012 . Disponible en: http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1575-18132012000400003&lng=es&nrm=iso. accedido en 26 jun. 2018. DOI: https://doi.org/10.4321/S1575-18132012000400003

Pamo-Reyna O. Una visión histórica de la participación femenina en la profesión médica. Rev Soc Peru Med Interna 2007; 20:109-22 http://www.medicinainterna.org.pe/revista/revista_20_3_2007/7.pdf

Eiguchi K. La feminización de la Medicina [editorial]. Rev. Argent Salud Pública. 2017; Mar;8(30):6-7

Souza, ER, Ferreira AL, Santos NC. Concepções de docentes em relação ao manual sobre violência intrafamiliar. Rev. bras.educ. med. 2009; 33(3):329-38. [consultado el 26 jun 2018] Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022009000300003. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022009000300003 DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022009000300003

Reid SA; Glasser M. Primary care physicians’ recognition of and attitudes toward domestic violence; Acad Med. 1997 Jan;72(1):51-3.

Groth B, Chelmowski MK, Batson TP Domestic violence: level of training, knowledge base and practice among Milwaukee physicians. WMJ. 2001;100(1):24-8, 36

Pagels P, Kindratt TB, Reyna G, Lam K, Silver M, Gimpel NE. Establishing the need for family medicine training in intimate partner violence screening J Community Health. 2015 Jun;40(3):508-14. http://dx.doi.org/10.1007/s10900-014-9964-1. DOI: https://doi.org/10.1007/s10900-014-9964-1

Congdon TW. A medical student’s perspective on education about domestic violence, Acad Med. 1997 Jan; 72 (1 Suppl):S7-9.

Hamberger LK, Preparing the next generation of physicians: medical school and residency-based intimate partner violence curriculum and evaluation. Trauma Violence Abuse. 2007 Apr;8(2):214-25. http://dx.doi.org/10.1177/1524838007301163 DOI: https://doi.org/10.1177/1524838007301163

ACHPR/(IACHR African Commission on Human and Peoples’ Rights, Inter-American Commission on Human Rights and United Nations, ENDING VIOLENCE and other human rights violations based on sexual orientation and gender identity, 2016, http://www.ohchr.org/Documents/Issues/Discrimination/Endingviolence_ACHPR_IACHR_UN_SOGI_dialogue_EN.pdf

de Oliveira JAC., Anderson MIP., Lucchetti G. et al. Al, Approaching Spirituality Using the Patient-Centered Clinical Method J Relig Health (2018). https://doi.org/10.1007/s10943-017-0534-6. DOI: https://doi.org/10.1007/s10943-017-0534-6

King D., Crisp J, Spirituality and Health Care Education in Family Medicine Residency Programs, Fam Med 2005;37(6):399-403).

Robinson F. Globalizing Care. Ethics, Feminist Theory and International Relations, Oxford, Westview Press. 1999.

Martínez Guzmán V. De la fenomenología comunicativa a la filosofía de la paz, en Pintos Peñaranda, M. L. y J. L. González López (eds.)

(1998): Actas del Congreso Fenomenología y Ciencias Humanas, 24-28 de Septiembre de 1996, Santiago de Compostela, Universidad de Santiago de Compostela: 87-101.

Publicado

2018-09-18

Como Citar

1.
Anderson MIP, Romero XA, Arias-Castillo L, Moreno CB, Sinisterra JSG, Martín TM, Segura MC, Jure H, Hülse SF, de Oliveira DOPS de. Medicina de Família e Comunidade, Atenção Primaria e Violência: Formação e ação em Iberoamerica. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 18º de setembro de 2018 [citado 29º de março de 2024];13(1):9-28. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1850

Plaudit