Perfil dos pacientes e contexto das consultas em que se fez pela primeira vez o diagnóstico de depressão no Centro de Saúde de Eiras, durante o ano de 2011

Autores

  • Paula Miranda Especialista em Medicina Geral e Familiar USF VitaSaurium, Soure
  • Philippe Botas Interno da Especialidade de Medicina Geral e Familiar USF Topázio, Coimbra
  • Mariana Abreu Interna da Especialidade de Pediatria Hospital S João, Porto
  • Carolina Pereira Interna da Especialidade de Medicina Geral e Familiar USF Topázio, Coimbra
  • Luiz Miguel Santiago Consultor, Assistente graduado sénior de Medicina Geral e Familiar na USF Topázio, Coimbra. Professor Associado da Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior.

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc11(38)923

Palavras-chave:

Depressão. Sinais e Sintomas . Preparações Farmacêuticas. Antidepressivos. Ansiolíticos.

Resumo

Objetivo: Este estudo pretendeu conhecer aspectos dos utentes e consultas em que se fez pela primeira vez o diagnóstico de depressão. Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo. População obtida por aplicação de critérios de exclusão aos utentes que, em consulta durante 2011, tiveram em “Avaliação” a codificação “Perturbações depressivas”. Pela análise do registro da consulta, estudaram-se as variáveis: idade, sexo, mês, tipo de consulta, consulta presencial/não presencial, sinais/sintomas depressivos anotados e/ou codificados, prescrição de psicofármacos, prescrição pela primeira vez/renovação de receituário. No caso de prescrição pela primeira vez: psicofármacos segundo grupo farmacológico e Denominação Comum Internacional, prescrição de antidepressivo na dose terapêutica e referência ao tempo de tratamento antidepressivo. Resultados: População de 105 indivíduos. Consultas maioritariamente presenciais (79%). Maior codificação de sinais/sintomas depressivos que anotação apenas ou que anotação e codificação. O sinal/sintoma mais codificado foi “Sensação de depressão” (28%). Houve prescrição de ansiolíticos isoladamente e um caso de prescrição subterapêutica do antidepressivo. Quanto à duração do tratamento antidepressivo, em 13,7% das receitas houve menção de que o tratamento deveria prolongar-se no mínimo por 6 meses. Conclusão: A obtenção de uma população pequena e possíveis vieses de informação foram limitações encontradas. Achamos curioso que o sinal/sintoma depressivo mais codificado fosse “Sensação de depressão”. É necessário melhorar os registros clínicos e prescrição na depressão.

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Publicado

2016-10-03

Como Citar

1.
Miranda P, Botas P, Abreu M, Pereira C, Santiago LM. Perfil dos pacientes e contexto das consultas em que se fez pela primeira vez o diagnóstico de depressão no Centro de Saúde de Eiras, durante o ano de 2011. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 3º de outubro de 2016 [citado 19º de abril de 2024];11(38):1-9. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/923

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit